Plano de marketing
Prof. Agostinho Sant’Ana
OS SONHOS DOS STAKEHOLDERS E AS REALIDADES DOS ACIONISTAS
Por Sir Andrew Likierman
Publicado: 19 de Junho de 2006 - 16:46 | Atualização mais recente: 19 de Junho de 2006 - 16:46
O embate entre os interesses dos stakeholders e os dos acionistas se encontra no âmago de diversas batalhas travadas além fronteiras entre empresas européias nos últimos meses. Pense, por exemplo, na luta do ABN Amro para assumir o controle do grupo bancário italiano Antonveneta, na tentativa mal-sucedida da Eron para assumir o controle da Endesa, e na atual saga da Arcelor.
Nos últimos 25 anos, a pressão sobre as empresas para que sigam um modelo de valor para os acionistas se espalhou a partir dos EUA. Já hoje bem arraigado na Grã-bretanha, sua aceitação na Europa continental e pelo mundo todo tem crescido gradualmente. Entretanto, as empresas sofrem também uma pressão contrária para reconhecer reivindicações, feitas por outros stakeholders, que vão mais além do que simplesmente tratar os funcionários com justiça, cumprir as leis e fazer donativos para caridades.
Valor para os acionistas e a abordagem dos stakeholders: as principais diferenças
A abordagem de valor para os acionistas acontece quando a empresa mede seu sucesso em termos do valor obtido para seus acionistas, normalmente em termos do retorno total para os acionistas (TSR). O TSR de uma empresa é comparado ao de outras no setor. Internamente, traduz-se no trabalho de se certificar de que os lucros são maiores que o custo do capital. Tratar o valor para os acionistas prioritariamente influencia o modo como uma empresa toma decisões estratégicas e estabelece critérios para investimento e crescimento (inclusive aquisições); como ela decide sobre as prioridades internas em relação à gestão de clientes, custos e ativos; como toma decisões de financiamento, inclusive