Planejamento e gestão estratégica
Jamil Moysés Filho, Helio Nahmen Kestelman, Luiz Carlos Becker Junior e Maria Candida Sotelino Torres
Série Gestão em Saúde – FGV Editora
1. Um olhar sobre o setor saúde no Brasil
Competitividade crescente é o desafio imposto pela globalização às empresas do mundo inteiro, acarretando mudanças de caráter social, econômico, político e cultural.
O setor saúde possui características específicas, uma vez que conta com dois fortes componentes: o político e o social, e tem como desafio equilibrar tais fatores com o componente empresarial. Para melhorar sua posição competitiva, uma alternativa é focar a atenção na mudança e desenvolver antecipadamente suas estratégias.
A saúde nos 500 anos de Brasil
O descobrimento e o decorrer do Brasil Império: gênese
Da proclamação da República até os anos 1950: os primórdios da estruturação da saúde (CAPs IAPs)
Dos anos 1960 à Constituição de 1988: o marco constitucional (INPS Inamps SUS)
Dos anos 1990 até a criação da agência reguladora em saúde: a ótica empresarial (criação da ANS)
O quadro atual de competição em saúde
Atualmente, a população brasileira tem acesso aos serviços de saúde nas seguintes proporções:
Atendimento público (SUS): 76%
Atendimento privado: operadoras de saúde suplementar – 23% e particulares – 1%
As operadoras dividem-se em quatro tipos:
a) Medicina de grupo: empresas médicas que administram planos de saúde – 30% da saúde suplementar no Brasil
b) Cooperativas médicas: os médicos são simultaneamente sócios e prestadores de serviços, e recebem pagamento de forma proporcional à produção – 35% da saúde suplementar no Brasil
c) Planos próprios das empresas: empresas administram programas de assistência médica para seus funcionários (autogestão) ou contratam terceiros para isso (cogestão)
d) Seguro-saúde: há intermediação financeira de uma entidade seguradora que cobre ou reembolsa gastos com