Planejamento e controle produção
Por que as empresas que querem estar vivas nos próximos anos terão de investir cada vez mais na integração de seus processos
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|Distribuição da Souza Cruz em São |
|Paulo: operação quase perfeita na |
|madrugada |
Por Maria Luisa Mendes
EXAME Edição(790) O sol ainda nem nasceu no centro de distribuição da Souza Cruz, localizado no bairro do Tatuapé, na zona leste de São Paulo, mas o local ferve. Um exército de funcionários embarca centenas de caixas de papelão em vans imaculadamente brancas. Elas partem em comboio, levando pacotes e mais pacotes de cigarros solicitados no dia anterior por donos de bares, restaurantes, padarias e supermercados que fazem parte da rede de 740 000 pontos-de-venda da empresa que é líder em cigarros no Brasil. Tudo foi rigorosamente separado, conferido e encaixotado em ritmo alucinante para dar conta de um compromisso: entre o pedido e a entrega não é permitido ultrapassar a barreira das 24 horas.
Com essa operação praticamente perfeita num território de complexidade e dimensões como o do Brasil, a Souza Cruz é um benchmark. "A empresa é um modelo de logística de distribuição", diz Paulo Fernando Fleury, diretor do Centro de Estudos em Logística do Coppead, da Universidade Federal do Rio de Janeiro. Os especialistas admiram, os concorrentes invejam, os clientes adoram. Só há um insatisfeito: a própria Souza Cruz. Há quatro meses a empresa fechou uma parceria com a TNT, um dos maiores provedores de serviços logísticos do mundo. Graças ao contrato, a distribuição aos 4 000 pontos-de-venda na Grande Curitiba foi terceirizada. A idéia é que a TNT consiga moldar uma engenharia de distribuição, fazendo parceria com fabricantes de salgadinhos, pilhas, balas e outros produtos (que não concorram com a Souza Cruz, claro) para repartir custos. Se o plano der certo, a Souza Cruz acredita que conseguirá diminuir seus custos