Planejamento Confinamento

Planejamento Estratégico de Confinamentos de Bovinos

Introdução O Brasil tem grande aptidão e vocação para a pecuária, com uma grande vantagem competitiva em relação a outros países, devido à disposição de recursos naturais, insumos e potencial de expansão e intensificação desse setor, verificado principalmente nestes últimos anos pela implantação e ampliação de vários confinamentos pelo país, atividade essa agora inserida em um ambiente globalizado e mais complexo, com novos fatores de influência na formação dos preços, redundando em diferenças menos acentuadas nas entressafras e com novas e mais severas exigências principalmente relacionadas à qualidade.

Há muitos fatores que afetam o crescimento e a rentabilidade dos confinamentos. A quantidade de produtores e suas ações (ou reações), uma nova legislação, as oscilações do US$, as condições do mercado do boi, os custos dos grãos e outros insumos – estes são alguns dos fatores que possuímos pouco ou nenhum controle. O melhor que se pode fazer é procurar antever os acontecimentos e tomar algumas medidas para atenuar os efeitos sobre o negócio. As leis de mercado são para todos. O mercado não irá pagar mais pela arroba do boi enquanto houver muita oferta de animais para o abate, nem tampouco está preocupado se a colheitadeira quebrou, se a silagem não ficou tão boa como o esperado ou se os animais não engordaram o planejado. O que o mercado espera é que se ofereça um produto de boa qualidade a preço competitivo e esse deve ser o foco do produtor. O setor pecuário é caracterizado por ciclos econômicos relativamente longos, que tem início na fase de recuperação de rentabilidade do setor até atingir o ápice de ganhos para, em seguida, entrar no movimento descendente, finalizando quando, ao atingir os patamares mais baixos que o mercado suporta, reiniciar um novo ciclo, na fase de recuperação. O período para se completar cada ciclo pode variar de 5 a 10 anos em média e é suscetível a uma