Célula e bioenergética
Todos os sistemas vivos apresentam atividade biológica, isto é, possuem um meio interno estável e diferenciado do meio externo, o qual é assim mantido graças ao facto de as trocas e relações diversas com o meio estarem sob o controlo do próprio organismo. No entanto, para que as funções vitais que caracterizam um ser vivo (trocas celulares, circulação de fluídos, temperatura corporal, etc.) possam ser mantidas, ele necessita de obter energia, já que, em cada momento, a Vida é o resultado de milhões de reações químicas, ocorrentes em simultâneo, cessando apenas com a morte, e que necessitam de energia para a sua manutenção.
Quanto ao modo de obtenção de energia, os seres vivos podem ser divididos em dois grupos:
- autotróficos ou produtores: é o caso das plantas e de algumas bactérias, que são capazes de produzir as suas próprias moléculas orgânicas (nomeadamente, glicose) a partir das quais obtêm a energia de que necessitam, usando apenas a energia solar e substractos inorgânicos, como a água e dióxido de carbono;
- heterotróficos ou consumidores: todos os seres vivos que não têm capacidade de produzir as moléculas orgânicas de que necessitam para a obtenção de energia, usando apenas substractos inorgânicos, precisando, por isso, de as obter a partir de outras moléculas orgânicas, provenientes de outros seres vivos dos quais se alimentam.
A fonte primária de energia da Biosfera é o Sol, já que os produtores, através do processo de fotossíntese, são capazes de captar a energia luminosa do Sol transformando-a em energia química, armazenada nas ligações entre os átomos das moléculas orgânicas que sintetizam (exemplo: glicose). Posteriormente, graças ao processo de respiração, as moléculas orgânicas sintetizadas, principalmente a glicose, são oxidadas na presença do oxigénio quebrando-se determinadas ligações químicas, do que resulta a libertação de energia que o organismo utiliza para assegurar a sua atividade biológica.Os heterotróficos, como não