AS ESCOLAS EM 1950
A arquitetura escolar brasileira caracterizou-se por ambientes de novas concepções espaciais, com a finalidade de oferecer formação completa ao aluno (BASTOS, 2009) e com o desafio de construir escolas baratas. Para tal, esse é um sistema que comporta um Centro Educacional com rotatividade de alunos, com suas atividades acontecendo ora na escola-parque (com aprendizado na prática por meio de atividades dinâmicas como educação física e artística); ora na escola-classe (com as aulas teóricas), havendo alternância de turnos entre as duas escolas. Assim, se apresentou um tipo de ensino integral, não limitado dentro de sala de aula, mas também em contato com a natureza em áreas externas (ANELLI, 2004).
As escolas-classe, que estão divididas em vários bairros carentes de Salvador-BA, apresentam uma organização funcional que comporta salas de aula, áreas cobertas, gabinetes médico e dentário, administração, jardins, hortas e áreas livres. As salas de teoria são destinadas às aulas com matérias curriculares. As escolas desse período, possuidoras de um repertório formal modernista em seus prédios, compactuavam com uma política educacional formada por ideias de Anísio Teixeira, em que a escola pública deveria ser racional e com espaço otimizado. Apresentavam-se com introdução de quebra-sol visando sombreamento e com combinações de figuras geométricas sem ornamentações (AZEVEDO, 2002). A partir disso, e