Planejamento com metodo
O autor inicia sua fala com algumas questões acerca do planejamento docente; qual o sentido em planejar, os motivos que levam a planejar. Cita, ainda, a desconfiança dos educadores, pois ao mesmo tempo em que concordam e reconhecem a sua importância e real necessidade, resistem em adotar essa prática, que deveria ser norteadora de toda prática pedagógica, podendo estar marcados pela experiência de planos burocráticos, formais, controladores, limitantes de qualquer ação. Para o autor, o professor tem de ver objetivos reais no e para o ato de planejar, o porquê planejar, e não fazer por fazer. Ele nos diz que, “... planejar é antecipar mentalmente uma ação a ser realizada e agir de acordo com o previsto”, buscando realizar na prática aquilo que antes foi somente pensado, idealizado, ou seja, o planejamento serve de ponte entre o ideal e o real, é o que torna possível aplicar na prática as nossas idéias.
Assim, o planejamento é o que ajuda a concretizar aquilo que se almeja (ideal), relacionando conceitos teóricos que deverão ser postos em prática (relação Teoria-Prática). Podemos, então, até certo ponto, interferir na realidade.
Segundo Vasconcelos, re-significar o planejamento implica um resgate de sua necessidade e de suas possibilidades. Planejar seria: a necessidade de mudar algo – querer mudar, que é o ponto de partida para o planejamento; a necessidade de planejar – mediação simbólica para alcançar o que se deseja; a possibilidade de mudança de uma determinada realidade; a possibilidade de planejar e realizar uma ação.
O planejar exige que se queira mudar, que se veja a necessidade de mudança. O autor também faz uma crítica aos professores que não sentem necessidade de mudar algo, nem sentem a necessidade de aperfeiçoar-se, e que a ausência dessa percepção de que é preciso mudar é um sinal de estagnação e morte. Isso pode ocorrer por fatores exteriores e interiores, que vão desde a falta de estímulo e condições de liberdade,