Planejamento Ambiental para a Cidade Sustentável - CAP 3
CAPITULO III
O ecossistema é composto por seres vivos e o local onde eles vivem, juntamente com todas as relações destes com o meio e entre si. Nas cidades, o ecossistema possui regiões de entrada de onde são retiradas meterias primas e regiões de saída que recebem absorvem os resíduos do metabolismo urbano.
Com tal conceito, reconhece-se que as cidades funcionam como um organismo vivo e se transformam. A maior diferença desse ecossistema urbano para o Natural é a intensidade do metabolismo. A natureza tem trocas de energias equilibradas, no meio urbano, entra-se em larga escala e desperdiça-se em larga escala. Existe a possibilidade de criar um ciclo com relações de aproveitamento onde se conserva os recursos e se minimiza os resíduos. É preciso analisar os problemas atuais como trafego, contaminação, grandes concentrações para que se possa considerar a cidade como um projeto de renovação e não algo alheio e sem controle. A Alemanha é um exemplo que possui boas políticas de conservação do meio ambiente. No fim na década de 70 se realizou um estudo que mostrava ser possível em 30 anos, recuperar entre 50% e 60% de energia utilizada na calefação através da proteção térmica dos edifícios, maior uso de gás, uso de energia solar, recuperação de agua potável. Dentre vários outros recursos como fachadas brancas e porosas para diminuir a poluição acústica, telhados verdes, aproveitamento do lixo orgânico para adubo, reciclagem e separação de materiais.
A questão ambiental e ecológica traz abordagens importantes na compreensão do processo de produção e na organização das cidades contemporâneas que, hoje são vistas como espaços ecologicamente mortos. Quando trata-se da urbanização extensiva é necessário responder com uma naturalização também extensiva em níveis micro, cotidianos e em questões de porte global.