piriquito
Luís Vaz de Camões
Canto I
Canto I
Enganos e perigos que amaçam o homem
• Este é o primeiro excurso do poeta, em que ele interrompe as narração para fazer considerações de carácter filosófico sobre a fragilidade do ser humano, a propósito da traição que se esta a preparar para destruir a aramada de Vasco da Gama.
Canto I
105
• O recado que trazem é de amigos,
Mas debaixo o veneno vem coberto;
Que os pensamentos eram de inimigos,
Segundo foi o engano descoberto.
Oh grandes e gravíssimos perigos!
Oh caminho de vida nunca certo:
Que aonde a gente põe sua esperança,
Tenha a vida tão pouca segurança!
106
• No mar tanta tormenta, e tanto dano,
Tantas vezes a morte apercebida!
Na terra tanta guerra, tanto engano,
Tanta necessidade avorrecida!
Onde pode acolher-se um fraco humano,
Onde terá segura a curta vida,
Que não se arme, e se indigne o Céu sereno
Canto I- Parte I
105
O recado que trazem é de amigos,
Mas debaixo o veneno vem coberto; (Eufemismo e Metáfora)
Que os pensamentos eram de inimigos,
Segundo foi o engano descoberto.
• A primeira parte é desde o início do poema até ao quarto verso, em que destaca a oposição entre o recado de amigos e a verdadeira intenção dos mouros que se preparam para destruir a armada portuguesa.
Canto I- Parte II
(…)
Oh grandes e gravíssimos perigos! (Hipérbole e dupla adjectivação)
Oh caminho de vida nunca certo:
Que aonde a gente põe sua esperança,
Tenha a vida tão pouca segurança!
106
No mar tanta tormenta, e tanto dano,
Tantas vezes a morte apercebida!
Na terra tanta guerra, tanto engano,
Tanta necessidade avorrecida!
• A segunda parte é desde o quinto ao décimo segundo verso em que existe exclamações que reforçam a ideia de insegurança a que um ser humano esta sujeito, porque não encontra segurança em lado nenhum pois existe perigos quer no mar
(tempestades, morte) quer na terra (guerra, enganos).
Canto I- Parte III
Onde pode