Pirataria e mercado de livros
Introdução
Uma guerra silenciosa é travada na indústria livreira todos os anos, principalmente nas universidades brasileiras. De um lado, editoras e autores de livros didáticos. Do outro, máquinas de Xerox e gráficas clandestinas que trabalham sem parar. E ainda na era tecnológica, a digitalização de livros na internet entram como aliados contra as editoras e autores de livros.
Segundo a Lei 9610/98 que regulamenta o direito autoral no Brasil, é proibida a reprodução na integra de livros; apenas a reprodução de pequenos trechos deles é permitida. A pena prevista para quem burlar essa lei prevê reclusão de dois a quatro anos, multa, apreensão da totalidade dos bens ilicitamente produzidos ou reproduzidos e indenização que pode chegar ao valor de três mil exemplares por título apreendido. Mesmo assim a pirataria de livros continua se fortalecendo e causando grandes impactos no bolso dos autores e livrarias do Brasil, personagens tão importantes na formação de seres humanos e profissionais capacitados.
Universidades
Sem dúvida nenhuma, o impacto maior das cópias está centrado no mercado universitário, onde se calcula que, por ano, a pirataria represente em média 2 bilhões de páginas, o que representa para a indústria livreira um prejuízo de cerca de 400 milhões de reais. Pesquisas revelam que no Brasil, atualmente existem três mil editoras e anualmente elas vendem 430 milhões de livros. Não fossem as cópias, os números seriam bem mais expressivos. As editoras começaram a sentir este impacto nos últimos anos, com o grande aumento de universidades, principalmente de particulares. Desde então, no Brasil criou-se a cultura do não vou mais a livraria, vou a “xerox”. Vemos casos verídicos dessa problemática aqui mesmo na UFPA (Universidade Federal do Para). Muitos estudantes atribuem esse alto índice de pirataria ao preço elevado dos livros, o que não os tira a razão, pois a maioria dos estudantes universitários