Administração
Só no primeiro semestre de 2010, mais de 24 mil links para download ilegal de livros foram registrados
Apesar de custar menos para as editoras produzir um livro digital do que uma obra impressa, a diferença de preço entre os e-books e livros convencionais é pequena. Ela fica entre 20% e 30%. Esse é um dos fatores que estimulam os donos de leitores de livros digitais, os e-readers, a procurar por opções de e-books gratuitos pela internet. E muitos internautas acabam optando por livros disponibilizados ilegalmente.
Segundo a Associação Brasileira de Direitos Reprográficos (ABDR), o número de livros digitais publicados ilegalmente na internet aumentou 55% em um ano. No primeiro semestre de 2010, a ABDR registrou 24,3 mil links ilegais. A editora mais prejudicada nesse período foi a GMT (Sextante), com obras disponíveis em 3 mil links. Na sequência aparecem a editora Saraiva, com 1,9 mil links, e a editora Record, com 1,5 mil links.
A maioria deles não está mais no ar, diz Dalízio Barros, consultor jurídico da ABDR. A associação mantém uma equipe de cinco pessoas que entram em contato com donos dos sites em que estão as obras ilegais, explicam a lei de direitos autorais em vigor e solicitam a retirada do livro da internet. Em julho, os usuários concordaram em retirar do ar 88% dos links ilegais. A média dos primeiros seis meses de 2010 foi de 92,4%. “É um trabalho que nunca acaba”, diz Barros.
Nem sempre é fácil distinguir um livro de domínio público, que pode ser distribuído livremente na internet, de uma obra pirateada. Os livros de domínio público são obras antigas, que se tornam livres após 70 anos da data de morte do autor. Já no caso de livros mais novos e cujos autores ainda estão vivos, o usuário deve desconfiar. “O usuário não é punido se baixa um livro digital ilegal, mas sim quem o publicou na web”, esclarece Barros.
Brasil é 5° em ranking de pirataria de software online
RIO DE JANEIRO (O