Pinturas Cubistas
Os cubistas também recolocaram em suas telas temas como perspectiva e luz. Mas nada se distanciou tanto das teorias do renascimento. Suas obras demonstram que os artistas rejeitavam deliberadamente a criação de um ponto matemático a partir do qual o observador pudesse contemplá-las. As figuras se superpõem e se projetam umas sobre as outras. Nem a luz tem uma fonte definida e muda constantemente de direção.
O volume foi cedendo importância à plasticidade. As figuras se tornaram planas e tensas. As cores se perderam em transparências, chegando quase à monocromia, e já não se consegue diferenciar o corpo do espaço que o contém. Em sua segunda fase, o cubismo começa a se interessar pelas diferentes texturas e materiais, produzindo colagens originais, de cores muito vivas. Volume e espaço são apenas insinuados com pequenos e leves traços de sombra.
Corre o ano de 1911, e os cubistas, que são agora um grupo mais que respeitável de artistas, se apresentam no Salon des Indépendants, despertando todo tipo de expectativa. Esse grupo de revolucionários carregados de entusiasmo e idéias novas agitaria não só o panorama artístico parisiense como o do resto do mundo. Definitivamente, já nada voltará a ser igual na história da arte, a partir desse momento significativo.