Pilhas, baterias e combustiveis
MEEC 2008‐2009
PILHAS, BATERIAS E CÉLULAS DE COMBUSTÍVEL
Volta apresentando a sua pilha a Napoleão
1. Pilhas, baterias e células de combustível 1.1 Terminologia. Entende‐se actualmente por pilha uma célula galvânica. Também se usa o termo para designar um conjunto destas células (elementos) ligadas em série. Neste último caso tem‐se de facto uma bateria. No entanto, em muitos casos as baterias comerciais não se distinguem exteriormente das pilhas, isto é, não é óbvio se são constituídas por um ou mais elementos, e daí a designação genérica “pilha”. Em inglês seguiu‐se o processo inverso, e usa‐ se genericamente battery, trate‐se de baterias de células, ou de uma única célula. Assim, as designações “pilha” e “bateria” acabam por ser quase sinónimos, embora originalmente significassem coisas diferentes, e em línguas diferentes se usem hoje de forma distinta.
A designação “bateria” teve com efeito a sua origem na associação de condensadores primitivos (garrafas de Leide), e não de células electroquímicas.
Por outro lado a palavra “pilha”, devida a Alessandro Volta (1800), provém de uma sequência vertical (empilhamento) de lâminas de prata e de zinco, ou de cobre e de zinco, dispostas alternadamente e separadas umas das outras por tecido embebido em ácido (cada pilha é de facto uma bateria de células!). Volta associou também em série várias pilhas, criando assim baterias (de baterias!).
A descoberta de Volta iniciou uma revolução em ciência que ainda hoje continua, nomeadamente com o desenvolvimento de células de combustível e de veículos eléctricos. Em
1831, o físico e astrónomo francês Arago escreveu ser a pilha “o mais maravilhoso instrumento alguma vez inventado.” 1.2 Características. Em circuito fechado a pilha gera uma diferença de potencial aproximadamente constante durante um tempo