peça
Pitágoras(olha com expressão de espanto e admiração para o lugar e as pessoas).
Figurante 1: Qual é, tio? Tá achando que tá na Sapucaí com essa fantasia?
Pitágoras: Olá, quem são vocês? Que lugar é esse e que tempo é esse?
Figurante 1: No Rio de Janeiro, Lapa, ano de 2011 depois de Cristo.
Pitágoras: Cristo? O que é Cristo?
Figurante 2: O que, não, cara. Quem!
Figurante 1: Mas isso é papo pra noite toda, vamo deixar pra outro dia.
Figurante 2: E quem é você?
Pitágoras: Sou Pitágoras de Samos, creio na ideia de que no número e em seus elementos constitutivos encontra-se a essência de todas as coisas. Criei um famoso teorema: o quadrado da hipotenusa é igual a soma dos quadrados dos catetos, já ouviram falar?
Figurante 1: Putz, claro, e Carol deixa a gente esquecer?
Pitágoras: Mais uma que não conheço! Carol? E quem é essa agora?
Figurante 2: Deixa ela de fora que o projeto é de humanas ...
Pitágoras: Sempre valorizei muito a educação, “Educai as crianças, para que não seja necessário punir os adultos”.
Figurante 2: Falando em educação, tu “qué” um “chicrete”?
Pitágoras pergunta: Mas o que seria um “chicrete” minha pupila lapiana?
Figurante 1: Relaxa Pit, pode comer que é trident!
Pitágoras, com nojo, responde: Não, não... obrigado. Essa longa viagem me deu uma certa indigestão.
Do outro lado do palco, entra Sócrates.
Sócrates: Quanta gente diferente! Quantas pessoas para inquirir acerca de si mesmo e da percepção que têm de mundo!
Figurante 3: Caraca, esse aí eu conheço: “Só sei que nada sei”
Sócrates: