Peça: A vida de Fernando Pessoa
Alberto Caeiro (Marcela): Bom dia! Eu sou Fernando Pessoa.
Álvaro de Campos (Mariana): Não não, eu sou Fernando Pessoa.
Ricardo Reis (Ingrid): Não pode ser, pois eu sou Fernando Pessoa.
Fernando Pessoa (Gabriela): Calem a boca! Eu sou Fernando Pessoa. Serei conhecido como um dos maiores escritores da língua portuguesa e da literatura universal. Eu sou Fernando Pessoa, não vocês.
Álvaro de Campos (Mariana): Já que você é o suposto Fernando Pessoa, me fale de sua vida então.
Fernando Pessoa (Gabriela): Além de escritor, eu já fiz de tudo nessa vida. Já fui empresário, editor, astrólogo, mas ganhei reconhecimento mesmo por ser um poeta autodidata.
Álvaro de Campos (Mariana): Ah, émesmo? E o que é ser autodidata?
Fernando Pessoa (Gabriela): Autodidata meu amigo, quer dizer que eu não precisei da ajuda de ninguém. Aprendi sozinho a fazer meus poemas.
Ricardo Reis (Ingrid): Então suposto poeta, famoso poeta, recite um poema seu.
Fernando Pessoa (Gabriela): Sem problemas. (Le um ae)
Ricardo Reis (Ingrid): Poema, até eu escrevo. Já que é mesmo um poeta tão famoso, diga-me um livro que você já escreveu.
Fernando Pessoa (Gabriela): Aqui está uma de minhas obras, o livro “Mensagem”. Nele, falo do glorioso passado de Portugal e glorifico o valor simbólico dos heróis do passado, como os descobrimentos portugueses.
Alberto Caeiro (Marcela): Nossa! Então sua família deve ter muito orgulho de você, já que é um escritor tão famoso.
Fernando Pessoa (Gabriela): Família...Não! Na verdade eu perdi o meu pai e o meu irmão quando eu era muito novo. A família pode ser a base, mas ela não é o todo. Mesmo perdendo meu pai e meu irmão, eu não desisti, continuei correndo atrás dos meus sonhos que era ser um escritor, um poeta.
Ricardo Reis (Ingrid): Você disse que perdeu seu pai, seu irmão, mas eu não me lembro. Essa é a minha vida, mas eu não me lembro de nada disso ter acontecido.
Alberto Caeiro e Álvaro de Campos juntos: Eu também não me