Pesquisa ufrj
10/11/2011 - Rodnei Vecchia
Como administrar uma organização com 7 bilhões de diferentes?
Crescei e multiplicai-vos, enchei e dominai a terra.
Gênesis 1,28
A Ásia, onde vivem dois terços da população mundial, recebeu simbolicamente o ser humano número 7 bilhões: uma pequena filipina de nome Danica, cujo nascimento foi celebrado em Manila e ilustra os desafios planetários do crescimento demográfico. Nasceu o heptabilionésimo bebê e a cada dia mais 219 mil novos habitantes chegam para compartilhar recursos de um planeta finito, com infindáveis carências básicas.
A população mundial levou 12.000 anos para chegar ao primeiro bilhão em 1800. Depois acrescentou o mesmo tanto em intervalos de 123 anos; 32 anos; 15 anos; 13 anos; 12 anos; e 12 anos novamente para chegar em 31/10/2011 em 7 bilhões de pessoas.
Essa fantástica expansão humana deveu-se a crescentes taxas de natalidade, queda de mortalidade infantil e aumento da expectativa de vida. Mas o ritmo de nascimentos começa a diminuir e as projeções da ONU indicam que chegaremos em 8 bilhões em 2024 (intervalo de 13 anos); 9 bilhões em 2045 (intervalo de 21 anos); e finalmente 10 bilhões no final do século (intervalo de 55 anos), para então se estabilizar nesse patamar.
Dos atuais 7 bilhões de pessoas, 1,8 bilhão são jovens com idades entre 10 e 24 anos. Os jovens sempre terão a chave do futuro, com o potencial de transformar a paisagem política global e impulsionar economias através da sua criatividade, capacidade de inovação e força empreendedora.
Cresce a população, cresce a urbanização. A transição para sociedades urbanas continuará em ritmo acelerado, passando dos atuais 50 % para algo em torno de 70 % em 2050, sendo mais um fator de pressão para os já escassos recursos naturais. O século XXI será o tempo das mega cidades, conglomerados urbanos com mais de 10 milhões de pessoas – eram 2 em 1950 (Nova Iorque e Tóquio); 3 em 1975 (mais Cidade do México); 21 em