pesquisa consumidor
A cultura do consumo no início do século XIX existia como tema criticado pelos socialistas, para a população como algo ideológico e para os burgueses já era uma realidade. Mas é na década de 1920 que a cultura do consumo se uniu a modernidade e as características que a modelam começaram a amadurecer. Influenciada pelo consumo em massa do modelo fordista, pioneiro da cultura do consumo, a década de 20 é historicamente a era do consumo, onde o marketing, a propaganda e a publicidade não mais vendiam apenas produtos, mas provocavam na população o desejo de se modernizarem a partir do que compravam. (SLATER,2009)
Décadas posteriores mostraram consumidores oscilando entre o consumismo conformista da década de 1950 e 1960, a elevação dos padrões de consumo da década de 1970 pelo milagre econômico e em 1980 a redescobrimento do consumidor como herói da economia, dando-lhe poder de compra com a expansão do crédito. Com as várias particularidades dessas décadas, o consumismo se entrelaça à cultura, que já na década de 1920 previa a cultura do consumo ultramoderna dos dias atuais. (SLATER,2009)
A cultura do consumo é carregada de significação nos produtos, não se compra mais bens e suas funções básicas, mas adquiriram-se status, classe social ou modo de vida, é uma identidade social que organiza a sociedade a partir do que se consome. Os fatores culturais são composições do consumo ultrapassando o mero complemento, é integração do processo de compra. A sociedade é influenciada pelos veículos de informação, que propagam os produtos como instrumento de inclusão. Modelando o comportamento do consumidor a comprar não o que necessita, mas o que é preciso para continuar em uma determinada ordem social, a última moda ou o carro do ano. (SLATER, 2009; MAcCRACKEN,2003;SAHLINS,1976;BAUDRILLHARD,1975)
Slater (2009) afirma que todo consumo é um processo cultural onde se reflete as relações e desejos da sociedade. Para Douglas (1979) o consumo do indivíduo diz o que