Perversão
O presente trabalho visa apresentar uma breve abordagem a respeito da estrutura de personalidade perversa, enfatizando pontos como o Complexo de Édipo, as defesas perversas e os tipos de perversão.
ESTRUTURA PERVERSA
Complexo de Édipo Segundo Barbieri e Vieira (2001), a perversão é o resultado de uma dinâmica familiar que induzindo o medo força a criança a evitar o enfrentamento da situação edípica na qual, todavia, ela já se encontra imersa, o desfecho do conflito edípico não seria, portanto, a dissolução do mesmo pela via do recalcamento, mas sim a sua evitação, o que adiaria seu desfecho, mantendo-o suspenso.
A estrutura perversa é resultante da forma como uma família se relaciona e interage, além é claro do modo como o sujeito lida com o Complexo de Édipo. A dinâmica familiar induz ao medo e força a criança a evitar o enfrentamento da situação edípica: omissão ou consentimento paterno e a sedução materna estão envolvidos nessa trama. O sujeito simboliza uma mãe fálica, mãe esta que assume o papel do pai de lei, mandando e desmandando. Por sua vez, o pai é um homem barrado pela mulher, não assume a figura de lei e autoridade e não rompe a relação mãe e filho. Neste contexto, a criança transgride e desafia o pai. O que ocorre é uma recusa da Castração Edipiana. O perverso não aceita ser submetido as leis paternas e, em conseqüência, também não aceita as leis e normas sociais. Ele não rejeita a realidade e nem recalca os seus desejos como ocorre com psicóticos e neuróticos. Ele escolhe se manter excluído do Complexo de Édipo, uma vez que não reconhece a falta (castração) em si e nem no outro (mãe).
É importante ressaltar que a fixação do falo na mãe é o que permeará a curiosidade da criança em querer visualizá-lo. No entanto, o fato deste pênis não existir trará conseqüências ao pequeno ser, levando-o a insistir nesta crença ao invés de aceitar a realidade da castração materna. Por sua vez, esta insistência trará conflitos internos à