persuasão e manipulação
A palavra persuasão vem do latim “persuadere”, que é traduzida livremente por “levar alguém a optar por uma determinada posição”.
O seu objetivo é levar o auditório a aderir a uma tese apoiada pelo orador. A persuasão está ligada à argumentação pois sem esta última o orador não consegue convencer o auditório a aderir à sua tese.
É muitas vezes referida como “retórica branca” ou “bom uso da retórica” pois, ao contrário da manipulação, o auditório é livre de aderir ou não à tese. O orador persuasivo tem respeito pelo pensamento e liberdade de escolha do auditório e dá-lhe oportunidade de ser crítico e consciente acerca das decisões que toma.
No discurso persuasivo, o “Logos”, o “Ethos” e o “Pathos” estão presentes pois, embora o orador procura adesão a partir da lógica e de um discurso bem estruturado e estudado, o auditório pode ser mais facilmente convencido se considerar o orador como uma pessoa credível e este conseguir despertar-lhes um certo conjunto de sentimentos estimuladores de adesão.
O QUE É A MANIPULAÇÃO? A manipulação, considerada o mau uso da retórica, ou retórica negra, é a utilização indevida da argumentação com a intenção de levar o auditório a aderir involuntariamente às teorias do orador. As suas práticas estão intrinsecamente ligadas com a vontade de domínio por parte do orador. A manipulação está ligada a falácias, ou seja, o orador recorre a falácias para convencer o auditório. Não se estabelece uma igualdade entre o orador e o auditório, como no caso da persuasão, visto que, desde o início se dá o orador como vencedor e o auditório como vencido. Um bom manipulador tem de desenvolver boas técnicas de modo a fazer uma “lavagem cerebral” ao auditório. O discurso argumentativo manipulador é constituído por várias falácias intencionais, ou seja, raciocínios incorretos com aparência de verdadeiros.