Discurso e Persuasão e manipulação

Discurso, persuasão e manipulação
Filosofia

Introdução:
Como poderemos relacionar o discurso, a persuasão e a manipulação? Pois bem, é através de argumentos bem encadeados que se persuade e manipula alguém, sendo assim, o sucesso do discurso depende da persuasão e da manipulação, e vice-versa. Ora, se refletirmos sobre isto concluímos que o que foi referido anteriormente é verdade, visto que, um discurso não sucede se não promover ou refutar a tese em questão. Logo, se virmos a persuasão e a manipulação como meios para atingir o fim proposto, então imediatamente percebemos a estreita ligação que estes têm em comum. Mas afinal, o que são estes três elementos em concreto?
Discurso e Argumentação:
Um discurso é um conjunto de argumentos cujo objetivo é promover ou contrariar uma tese. Há vários tipos de argumentos, há argumentos bons e argumentos menos bons ou, até mesmo, maus. Os argumentos bons são válidos, verdadeiros (sendo, por isso, sólidos) e persuasivos. Uma boa tese tem de ter por base bons argumentos, de modo a que estes sejam irrefutáveis. O discurso deve estar devidamente encadeado e respeitar as regras da retórica, convencendo o auditório através dos seus argumentos. A retórica tem como objetivo fazer com que o recetor da mensagem chegue sozinho à conclusão de que a ideia implícita no discurso representa o verdadeiro ou o certo. Quanto mais as premissas parecerem verdadeiras, maior é a probabilidade de o auditório aderir à tese. Porém, Platão afirma que isto é desinteressante, visto que um filósofo tem de procurar sempre a verdade, valorizando a dialética. Para ele, a dialética é a única coisa que nos guia até ao verdadeiro conhecimento. Porém, Aristóteles afirma que a arte que convém ao tribunal e à assembleia é a retórica, pois aqui o objetivo é convencer e decidir. Mas, a arte que convém à filosofia e às ciências é a dialética, visto que estas áreas procuram essencialmente a verdade, não tendo outros interesses superiores. Na minha