perspectivas contemporaneas dos estudos organizacionais
Aluno: Tales Araújo Carvalho
Análise Organizacional (Texto I)
A teoria organizacional tende a ser divergente e não convergente como as ciências geralmente se comportam. A teoria administrativa é extremamente diversificada, porém há uma crescente tentativa em construir pontes entre as perspectivas econômicas e sociológicas, estruturais e racionais, e entre teorias institucionais e ecológicas. Perspectivas que serão apresentadas nesse texto ( dependência de recursos, ecologia das populações, contingência estrutural, nova economia institucional e novo institucionalismo) são sinais importantes para o avanço e sistematização dessas tentativas. Vale ressaltar ainda que o critério de classificação das perspectivas citadas levam em consideração a complexidade do ambiente em que as organizações estão inseridas.
As perpectivas mencionadas utilizam diferentes variáveis, conforme seus respectivos pressupostos e tradições metodológicas: a dependência de recursos trabalha no nível das interações ambientais e dos controles interorganizacionais; a ecologia das populações foca a população das organizações e os nichos ecológicos; a contingência estrutural foca os fatores ambientais que condicionam a forma organizacional; a nova economia institucional salienta os custos de transações e as formas de governança; e o novo institucionalismo trata de como as organizações surgem, tornam-se estáveis e como são transformadas.
Do ponto de vista metodológico dos estudos organizacionais, a interdisciplinaridade entre as perpectivas contribui para enxergar o fenômeno organizacional de diversos ângulos, inclusive complementares. Autores discutem um possível intercâmbio nas análises institucionais entre as perspectivas históricas, racionais e sociais, mas ressalvam limites para tal integração em função da diferença básica da dimensão humana e os efeitos que as instituições podem gerar no comportamento dos atores. No entanto, convem lembrar a