Perspectiva dos próximos decênios. (Tópicos)
A segunda metade do século XIX se caracterizou pelas transformações através de uma economia escravista de grandes plantações em um sistema econômico baseado no trabalho assalariado. A primeira metade do século XX marcada pela progressiva emergência de um sistema voltado para o mercado interno.
O rápido crescimento da economia cafeeira e a região rio-grandense
Se por um lado durante o século compreendido entre 1880 e 1930 criaram-se fortes discrepâncias regionais de níveis de renda per capita, por outro lado dotou o Brasil de um sólido núcleo em torno ao qual as demais regiões tiveram de articular-se. A região rio-grandense foi a primeira a beneficiar-se da expansão do mercado interno induzida pelo desenvolvimento cafeeiro. Os rio-grandenses tiveram a seu favor a tarifa, e durante toda a primeira metade do século lutaram para substituir-se aos concorrentes do sul. O Rio Grande do Sul é hoje grande exportador de arroz, carnes, banha e vinho para as demais regiões do país.
O inicio do processo de industrialização no Brasil
Foi no nordeste que se instalaram as primeiras manufaturas têxteis modernas e ainda em 1910 o número de operários têxteis dessa região se assemelhava ao de São Paulo. Depois de superada a primeira etapa de ensaios, o processo de industrialização tendeu naturalmente a concentrar-se numa região. O censo de 1920 já indicava que 29,1 por cento dos operários industriais estavam centrados no Estado de São Paulo. O sistema de monocultura
A monocultura só é compatível com um alto nível de renda per capita quando a densidade demográfica é relativamente baixa. Na faixa úmida do Nordeste a monocultura impossibilita alcançar formas superiores de organização da produção. O sistema de monocultura é, por natureza, antagônico a todo processo de