Perseguição de músicos da MPB

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Durante esse período, os estudantes eram os maiores inimigos da ditadura e eram reprimidos pelos militares, até que em 1968, eles encontraram um novo modo de dar voz as suas ideias, através da música. Foi exatamente 4 anos depois do golpe que a música popular brasileira começou a chegar a grandes massas, através das quais, ouviam-se aquilo que os militares não permitiam que fosse dito livremente. Neste período, final dos anos de 1960, que o regime militar se viu ameaçado, através dos festivais de MPB que eram organizados pelos jovens cantores, um dos mais importantes, a Tropicália. Para garantir o controle, os militares não pouparam a censura a tudo e todos, promulgando o AI 5, em 1968, que controlava toda manifestação ligada à cultura. Com isso, as músicas sofriam cortes ou simplesmente eram 100% censuradas. O controle era feito através de um “órgão” do governo militar chamado Divisão de Censura de Diversões Públicas. Tratava-se de uma censura sem nenhum tipo de critério, que usava como argumento o corte por “proteção à moral vigente” ou simplesmente “por motivos políticos”.

A Ditadura Militar Contra Chico Buarque Os militares costumavam ter os seus alvos preferidos na MPB, depois de perseguir Geraldo Vandré, o preferido deles passou a ser Chico Buarque de Holanda. Com certeza, ele foi o cantor que mais recebeu vetos dos militares durante o regime. Chico Buarque começou a carreira e ao mesmo tempo começaram os seus problemas com os militares. O cantor ficou exilado na Itália, entre 1969 e 1970, quando voltou mandou para avaliação da censura a canção “Apesar de Você”, sem muita esperança que fosse aprovada e não só foi, como não sofreu nenhum corte. Chico Buarque gravou-a imediatamente e vendeu mais de 100 mil cópias, porém, a história não terminou bem. Um jornal comentou que a música fazia referência ao presidente Médici, o que fez com que o exército brasileiro invadisse a fábrica da Philips e aprendesse todos os discos, destruindo-os depois.

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