Sociologia
A busca da sabedoria do céu.
Feliz o leitor e os ouvintes das palavras desta profecia, se observarem o que nela está escrito, pois o tempo está próximo. Ap 1,3
Há milhares de anos, os homens lutam para criar um padrão significativo a partir do caos evidente dos acontecimentos que cercam suas vidas. A Bíblia começa com a lembrança sonhadora de um tempo no qual nossos ancestrais viveram, por um breve momento, em harmonia mútua, com a terra e suas criaturas e com seu Criador. Mas depois que Adão e Eva são expulsos do jardim e a espada fulgurante dos querubins bloqueia sua volta, a história ameaça não ser mais que uma sequência de rebeliões, guerras, curvas erradas e becos sem saída. Há um jeito de nos livrarmos deste tropeço no escuro aparentemente interminável? A vida tem valores "ocultos"?
No outro extremo da coletânea bíblica está o livro do Apocalipse. Desde sua publicação no fim do século I da era cristã, muitos revistam suas imagens às vezes fantásticas em busca de sinais de uma resposta final ao mistério da vida. Em nossa época, ele é, em grande parte, a esfera de ação dos "estudiosos de profecia", os pregadores e mestres que alegam encontrar em sua narrativa uma cronologia do fim. Grande parte da literatura incrivelmente popular desse movimento põe passagens da narrativa do Apocalipse em uma narrativa própria, que culmina num panorama grandioso de justificação e destruição, realçado pelo "arrebatamento" no qual o resto fiel dos "verdadeiros cristãos" é levado em conjunto para o céu, com Jesus que voltou, para escapar à força da ira de Deus derramada na terra sobre os incrédulos. Tendo ouvido apenas rumores do arrebatamento e de alguns dos outros aspectos da Narrativa dos estudiosos de profecia, muitos cristãos atuais tendem a rejeitar o livro inteiro do Apocalipse como rematada tolice ou obra irremediavelmente impossível de entender de maneira "racional."
O preço dessa ignorância é alto. Quer os cristãos atuais gostem,