Perpectiva individual nas decisões da carreira
Resumo Este artigo salienta a necessidade detectada desde a década de 70 no que concerne a atuação estratégica da área de gestão de pessoas, antigo Departamento de Pessoal (DP), visto que, apesar de muito discutida nos últimos tempos, tal atuação foi pouco modificada desde então. Ademais, atuar de forma estratégica não se resume ao planejamento estratégico, ao invés disso, agir estrategicamente consiste em estar sempre preparado para rever o planejamento e buscar novos caminhos. Portanto, este artigo tem como objetivo estimular a ação estratégica por parte da área de gestão de pessoas, em especial, tendo em vista a importância do ser humano para as organizações e o fato de que estratégia é essencial. Palavra-chave: Gestão de pessoas; estratégia; planejamento estratégico
1. Preliminares Nos últimos tempos muito se tem discutido acerca da área referente à gestão de pessoas, antiga área do Departamento de Pessoal (DP), tendo em vista a importância que o ser humano passou a ter no mundo dos negócios. Assim, se no passado não tão distante as pessoas eram “pagas para fazer e não para pensar”, hoje, algumas empresas percebem que tal concepção sobre a contribuição das pessoas perdeu a sua lógica. Contudo, o problema persiste, pois diferente das demais áreas funcionais, a gestão de pessoas não foi resultado de uma pesquisa, ou mesmo de consultorias. Na verdade, esta área, com o rótulo de DP, surgiu na década de 30, por uma necessidade meramente burocrática, visto que com a criação do ministério do trabalho, indústria e comércio (atual: ministério do trabalho e do emprego) e a assinatura do Decreto-lei nº 5452 que resultou na Consolidação das Leis do Trabalho, que tem em seu artigo primeiro a constituição das normas que regulavam as relações individuais e coletivas de trabalho, o departamento de pessoal foi quem ficou responsável pela verificação do cumprimento de tais exigências. Assim, foi somente no final da década de