Pernas bionicas
No modelo linear, o desenvolvimento, a produção e a comercialização de novas tecnologias são vistos como uma seqüência de tempo bem definida, que se origina nas atividades de pesquisa, envolvidas na fase de desenvolvimento do produto e leva à produção e, eventualmente, à comercialização [OCDE, 1992].
A P&D, neste modelo, são vistos como a base da inovação tecnológica e a pesquisa como “bem público”. O modelo, sustentado pelas teorias clássicas e neoclássicas, passou a ser considerado superado por se apoiar excessivamente na pesquisa científica como fonte de novas tecnologias, além de implicar em uma abordagem seqüencial - descoberta científica, invenção, industrialização e mercado [Furtado & Freitas, 2004]. Além da abordagem seqüencial, o modelo linear também implica em uma abordagem tecnocrática do processo, com uma visão da inovação tecnológica associada à tão somente construção de artefatos e de desenvolvimento de conhecimentos específicos relacionados com produtos e processos. O modelo linear despreza as atividades externas à P&D, ao considerar a inovação tecnológica relacionada somente à invenção, produção e comercialização e não a um processo social contínuo envolvendo atividades de gestão, coordenação, aprendizado, negociação, investigação de necessidades de usuários, aquisição de competência, gestão do desenvolvimento de novo produto, gestão financeira, dentre outras [Sirilli, 1998]. O modelo linear, por ser demasiadamente mecanicista, aponta para uma abordagem da avaliação em termos de insumo-produto, onde se quantificam segundo Furtado & Freitas (2004), “os insumos, os produtos codificados e os resultados monetários diretamente relacionados a esses conhecimentos codificados”.
A
Desenvolvimento do Modelo Linear: (exemplo de aplicação)
A revisão da literatura sobre Sistemas de Inovação realizada por Senker et al. (1999) indica que o Sistema de Inovação não se configura como uma teoria formal, mas