Perfil trabalhadores desempregados
Desde o início dos anos 70, os países capitalistas começaram a apresentar sinais de uma crise estrutural, como decorrência da crise observou-se um acentuado crescimento no desemprego, sendo intensificado no Brasil após 1990, com a abertura às importações. Outro aspecto da questão é o desemprego tecnológico, já que a introdução de inovações acaba mantendo ou diminuindo a demanda por trabalho. As pesquisas realizadas no Brasil a respeito do tema desemprego causam certa polêmica, pois utilizam metodologias diferentes e buscam dados apenas nas principais regiões metropolitanas. Por isso foi realizada uma pesquisa na Grande Florianópolis nos meses de verão ( tradicionalmente com maior oferta de emprego) para traçar o perfil dos trabalhadores desempregados. Pode –se observar que entre os desempregados predominam os homens, com média de idade de 30 anos, etnia branca e um número bastante equilibrado ente solteiros e casados. Com relação à escolaridade, embora a maioria tenha baixo grau de instrução, quase 40% dos entrevistados já concluíram o ensino médio, sugerindo que um nível alto de escolaridade não garante a inserção e a manutenção no mercado formal de trabalho. Sobre situação familiar a maior parte se considera responsável pelo sustento familiar, o que é mais uma fonte de pressão, e através da renda familiar declarada podemos notar que o desemprego vem atingindo diferentes níveis econômicos. Outras conclusões importantes são: as últimas remunerações de um modo geral foram baixas, sendo que as mulheres receberam salários menores que os homens; as principais profissões e cargos exercidos anteriormente foram no setor de serviços, confirmando o predomínio deste tipo de atividade na Grande Florianópolis. Um dado surpreendente é que mesmo com as dificuldades do mercado, o principal motivo declarado de demissão foi o pedido do próprio funcionário. O tempo médio de desemprego é de 10 meses, o que