Pensando a Psicologia Aplicada ao Direito

2018 palavras 9 páginas
Pensando a Psicologia aplicada à Justiça

O texto em questão se inicia por tratar da interface de contato entre o Psicólogo e a Justiça, discutindo sobre o seu papel no Direito e a sua eficácia. De certa forma, o texto procura apontar a necessidade de se valer do instrumento de conhecimento que se tem em mãos, advindo do campo da psicologia, para atuar com maior responsabilidade e eficiência no campo jurídico, fazendo com que o psicólogo não seja apenas fruto de um instrumentalismo puro, mas de uma responsabilidade social, visto que o Direito está inserido na sociedade não de forma isolada, mas como em constante interferência desta e para com esta, principalmente pelo fato de lidar com a pessoa humana. A psicologia, em si, é livre de uma definição predefinida no que diz respeito à sua forma e à sua área de atuação. Na prática, esse é um conceito impossível, visto que, por sua natureza, está presente em grande parte das áreas da sociedade, recebendo títulos, classificações e funções diversas, seja de ciência social, ciência natural, humana, pura, aplicada, bem como Psicologia Jurídica, Social, Escolar, dentre outras formas de definição. Todavia, é de se considerar que a psicologia é uma ciência em desenvolvimento, uma vez que seu objeto e métodos não são homogêneos. Ao mesmo tempo, têm-se a dualidade de visões, no que diz respeito aos seus papeis, sendo ele comercial ou não, técnico ou não. Tomando pelo lado prático, o autor analisa o papel da Psicologia aplicada à Justiça. No campo das Varas de Família, a perícia é indispensável para a análise do Juiz em sua decisão, porém, não é suficiente. Fatores como, em casos de guarda de filhos, como ser um membro do casal mais estável financeiramente ou mesmo possuir melhores condições de moradia não são capazes de fazer-se fundamento de justiça nessas decisões. Questiona-se pois, a validade então dos laudos, pareceres e relatórios técnicos, durante o exercício da atividade judiciária. De certa forma, isso tende a

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