Pensamento das crianças
Quando não fazemos isto, acabamos por aceitar todo o tipo de comportamento que possam ter, com a desculpa que ainda são crianças, e que, portanto não é o momento de exigirmos delas atitudes maduras.
Uma terceira possibilidade tão prejudicial quanto as duas anteriores acontece quando dizemos: “Não faças isso”, ou ainda “Não digas isso, que é feio!”, sem darmos as justificações pertinentes.
Em todas as alternativas acima, privamos as crianças do que é mais caro aos adultos: O PENSAR.
O problema não reside em dizermos às crianças o que elas devem ou não fazer, mas em como fazemos para que elas entendam o que pode ser feito ou não, isto significa que temos que lhes dar uma chance de construir suas hipóteses sobre as coisas. Assim, antes de dizermos: “Não faças isso!”, devemos fazer com que ela justifique porque está a fazer aquilo, e o que significa para ela agir de determinada maneira. A nossa preocupação deve estar focada, portanto, não exclusivamente para algo que a criança faça ou fale, mas antes para as motivações que ela julga dominadoras e para as justificações que consegue elaborar.
Esta mudança de perspectiva obriga-nos, adultos, deixarmo-nos de preocupar tanto com o que as crianças fazem, fixando-nos mais nos procedimentos e nas construções mentais que elas elaboram para chegar ao que mostram. Ou seja, é mais importante o que provocam em certas atitudes e não a própria atitude em si.
Isto obriga os educadores (porque é cada vez mais raro encontrar pais preocupados com a atitude filhos reflexiva) a garantirem duas coisas fundamentais na educação infantil: primeiro, que as crianças possam reflectir sobre sua acção; dar significado e sentido às acções.
Segundo, que as atitudes delas deixem de ter