Pensamento contrafactual
No dia-a-dia, as pessoas pensam espontaneamente sobre como um resultado poderia ter sido diferente, e mentalmente desconstroem aspectos dos acontecimentos que levaram a esse mesmo resultado. Convencionou-se chamar esse processo de pensamento contrafactual.
Segundo Byrne (2002), os pensamentos contrafactuais acerca do que poderia ter sido são transversais à vida diária, estão relacionados a pensamentos causais, ajudam as pessoas a aprender com as experiências e a lidar com emoções.
Geralmente, o pensamento contrafactual é descrito através de uma proposição condicional do tipo “se… então…”, envolvendo um antecedente e um consequente (Quelhas & Rasga, 2009).
Exemplo: se tivesse estudado mais então teria passado no exame.
Ao desconstruírem mentalmente as representações referentes aos aspectos factuais das situações, as pessoas demonstram grande regularidade, correspondendo possivelmente a categorias centrais da vida mental, tais como: causais, temporais, espaciais e intencionais (Wells,Taylor & Turtle, 1987). De acordo com McCloy & Byrne (2000) as pessoas desconstroem mentalmente acontecimentos sob o seu controlo voluntário ao invés de acontecimentos fora do seu controlo voluntário. Algumas investigações indicaram a tendencia a julgar que as pessoas se sentirão pior acerca das suas acções do que acerca das suas inacções (Kahneman & Tversky, 1982).
Dependendo da alternativa contrafactual ser mais positiva ou mais negativa em relação ao acontecimento factual, designa-se o pensamento contrafactual por ascendente ou descendente (Kasimatis & Wells, 1995; Roese, 1994).
Quando a direcção é ascendente os pensamentos contrafactuais têm normalmente consequências preparativas, ou seja, poderão ajudar os indivíduos em acções futuras, por sua vez, quanto se toma uma direcção descendente esses pensamentos poderão por em causa essa preparação a favor do efeito positivo imediato que se gera.
A estrutura dos contrafactuais está interligada com os