Pelotização
As aglomerações de minério de ferro tais como pelotas, blocos, ou sinter, não são os produtos finais. As aglomerações são formadas por finos de minério que não podem ser utilizados nos fornos ou nas plantas de redução direta, devido aos efeitos de redução da permeabilidade dos fornos, causando distúrbios na operação dos mesmos.
Até a década de cinquenta, os finos de minério formavam grandes pilhas nas minas, sem uso econômico, e, em vários países industrializados, testes de aglomeração eram realizados, embora com diferentes intensidades, pois países com importantes reservas de minério de ferro tinham menor interesse. Em países com pequenas reservas a situação era diferente. Estes apresentavam desenvolvimento contínuo no processo de sinterização, não apenas com o fino do minério, mas também com produtos secundários do próprio minério bruto, e finos, gerados dos processos de moagem, e da lama dos processos de limpeza (Meyer, 1980).
Atualmente a pelotização de minério de ferro é um processo importante na fabricação do aço. As pelotas constituem uma das matérias primas básicas dos alto-fornos. Dados de 2001 indicam que em torno de 280 milhões de toneladas são produzidas anualmente, sendo que o Brasil contribui com aproximadamente 38 milhões de toneladas (Borim, 2000).
A pelotização é um processo que costuma ser realizado por empresas mineradoras. As jazidas de minério de ferro contém, naturalmente, uma parcela de fios de tamanho inferior a 6 mm. E unanimidade na siderurgia nacional que esta e a dimensão mínima aceitável em minérios granulados para a utilização em altos-fornos. Além disso, durante a lavra, processamento de concentração, classificação, manuseio e transporte do minério, é gerada uma quantidade adicional de partículas finas e ultrafinas, cuja aplicação direta nos reatores de redução e impraticável. A utilização do minério nesse estado tornaria a carga pouco permeável à passagem dos gases redutores, diminuindo a performance