Pelas mãos de Alice

CAP. 4 – O social e o político na transição pós-moderna.

A definição que sucede a modernidade não pode ser expressa com clareza, pois toda transição é semi-cega, ou semi-invisível. E por isso essa fase que sucede a modernidade é dita Pós-modernidade. A modernidade apresenta dois pilares complexos: o pilar da regulação e o da emancipação. O pilar da regulação apresenta três lógicas ou princípios: Estado, articulado por Hobbes; mercado dominante, por Locke e o principio da comunidade, por Rousseau. O pilar da emancipação tem três lógicas de racionalidade: Estético-expressiva, da arte e literatura; moral-prática, da ética e do direito; cognitivo instrumental, da ciência e da técnica. Ambos os pilares se correspondem. Estético-expressiva se liga no princípio da comunidade, porque aqui se identificam os princípios de igualdade e comunhão, que levará a análise estética. Moral-prática se liga no principio do estado, porque compete ao Estado dar princípio ético, sendo ele detentor da distribuição do direito. Cognitivo-instrumental se liga no principio do mercado, porque há neste o principio da concorrência e a semelhança de forças produtivas. A modernidade por ser tão complexa apresenta infinitas possibilidades que levam ao excesso de promessas e ao déficit do cumprimento dessas promessas. O excesso pode ser visto na tentativa de ligar o pilar da regulação ao da emancipação e ligá-los nos objetivos práticos da vida coletiva e individual. O déficit se dá pela infinitude de possibilidades que a relação abstrata dos pilares estabelece, se limita em questões de compatibilidade. O déficit se apresenta na possibilidade desses dois pilares serem enquadrados nas questões da vida cotidiana. A partir do sec. XVIII, a modernidade está diretamente ligada ao desenvolvimento do capitalismo nos países centrais. O processo da modernidade-capitalismo se dá em três períodos: O primeiro se inicia no sec. XIX: capitalismo liberal – nesse período o