Pelas mãos de Alice: Períodos
O PRIMEIRO PERÍODO Capitalismo liberal, século XIX, havendo violentas contradições no projeto da modernidade: entre solidariedade e identidade, justiça e autonomia, entre liberdade e igualdade. Tudo isso se choca, havendo tendências para o afunilamento do projeto e as globalidades no cotidiano. O déficit de cumprimento está presente nos princípios de racionalidade onde estão os pilares da emancipação e da regulação. Ao nível da regulação, tem-se a ideia do desenvolvimento harmonioso entre Estado, comunidade e mercado. Essas ambigüidades de outra forma continuam nos próximos períodos. O desenvolvimento do mercado está no surto da industrialização, na crescente importância das cidades comerciais, nas expansões das cidades industriais. Pode até ser contraditório, mas é eficaz. A comunidade seria reduzir-se-ia a dois elementos: a sociedade civil, sendo vista como agregação de competitividade de interesses particulares, e o indivíduo livre e igual. Esses elementos da sociedade civil foram mostrados ao Estado havendo o chamado dualismo do Estado, explicando a ambigüidade da forma política e atuação do Estado nesse período. Haveria a lógica da dominação política e as exigências da acumulação de capital, se concretizando e se fortalecendo nas muitas intervenções do Estado, sendo justificadas essas intervenções como o Estado protetor. Ao nível da emancipação é mais ambíguo ainda durante o capitalismo liberal, havendo tensões no interior do paradigma. Garante autonomia nas esferas arte/literatura, ética/direito, ciência/técnica, tornando difícil a articulação entre elas. Na racionalidade cognitiva esse processo vem com o desenvolvimento da ciência, convertendo isso em força produtiva querendo se vincular ao mercado. Na racionalidade moral prática se autonomiza e se especializa no âmbito de uma micro ética liberal (responsabilidade moral cabendo exclusivamente ao indivíduo), vindo também à política