Peixe e metais
v. 21, n. 2, p. 259-265, abr./jun. 2010
ISSN 0103-4235
ANÁLISE DE METAIS EM AMOSTRAS COMERCIAIS DE
ERVA-MATE DO SUL DO BRASIL
Ana Paula Fleig SAIDELLES*
Rosane Maria KIRCHNER**
Nara Rejane Zamberlan dos SANTOS*
Érico Marlon de Moraes FLORES***
Fabiane Regina BARTZ***
RESUMO: A cultura da erva-mate (Ilex paraguariensis,
St. Hill.) ingerida como infusão a quente, chamada de “chimarrão”, tem grande valor comercial nos estados do sul do
Brasil. Atualmente, muitos estudos tem sido desenvolvidos buscando estabelecer os benefícios terapêuticos e os efeitos colaterais à saúde humana da erva-mate, que podem estar relacionados à presença de metais. Neste trabalho foram determinadas as concentrações de metais essenciais e tóxicos na composição da erva-mate comercializada e consumida nos diferentes estados do sul do Brasil. Amostras provenientes do Rio Grande do Sul, Paraná e Santa Catarina foram analisadas para a determinação de alumínio, cálcio, cádmio, cobalto, cromo, cobre, ferro, potássio, magnésio, sódio, níquel, chumbo, estrôncio, vanádio, zinco por espectrometria de massa com plasma indutivamente acoplado (ICP-MS) e espectrometria de emissão óptica com plasma indutivamente acoplado (ICP-OES). Observou-se que a concentração média de todos os metais analisados nas amostras estava dentro dos limites toleráveis. Por outro lado, foram observadas concentrações minerais diferenciadas entre as regiões estudadas, sugerindo estudo posterior e específico. Desta forma, a erva-mate pode ser recomendada na utilização diária, suprindo, talvez, as necessidades básicas de ingestão desses metais essenciais sem o risco de problemas causados por elementos tóxicos.
PALAVRAS-CHAVES: Erva-mate; metais; região sul do
Brasil.
INTRODUÇÃO
A cultura da erva-mate (Ilex paraguariensis, St.
Hill.) tem grande valor comercial nos estados do sul do
Brasil. É uma planta cujas folhas e ramos finos são beneficiados para posterior