Projeto Ms Corrigido
ACÚMULO TECIDUAL DO CHUMBO E SEUS EFEITOS NOS PROCESSOS DE OSMORREGULAÇÃO DE Prochilodus lineatus
Aluna: Andréa Martini Ribeiro
Orientadora: Dra. Cláudia Bueno dos Reis Martinez
Laboratório de Ecofisiologia Animal
Departamento de Ciências Fisiológicas
UNIVERSIDADE ESTADUAL DE LONDRINA – PR
1. Introdução
O chumbo é um metal pesado não natural em cursos hídricos, entretanto altas concentrações de chumbo são eventualmente encontradas em mares, rios e lagos de regiões industrializadas (NICHOLS et al., 1991; PAOLIELLO; CHASIN, 2001; RAE, 2006). Particularmente no município de Londrina, PR, Brasil, concentrações muito acima das permitidas foram registradas para ribeirões e lagos da cidade (YABE; OLIVEIRA, 1998).
O ambiente tropical favorece a toxicidade do chumbo, já que as altas temperaturas forçam os animais a aumentar suas taxas metabólicas e a ventilação, aumentando, também, a tomada do poluente (HODSON et al., 1980). Além disso, fatores como pH, dureza e matéria orgânica influenciam a concentração de metais biologicamente disponíveis (HODSON et al., 1980; EISLER, 1988; VINATEA ARANA, 2004).
A bioacumulação de chumbo pelos peixes tem forte relação com a contaminação do sedimento (ROACH et al., 2008). Os metais pesados tendem a se acumular nos níveis mais extremos da cadeia trófica, assim, peixes do topo da cadeia apresentam maiores concentrações de chumbo no tecido muscular do que aqueles que ocupam a base (ROACH et al., 2008; TERRA et al., 2008). Além disso, concentrações relativamente altas deste metal já foram encontradas em aves piscívoras residentes de áreas contaminadas (KREAGER et al., 2008; PÉREZ-LOPÉZ et al., 2008).
O chumbo, assim como outros metais pesados se aglomera uniformemente nos diversos músculos do corpo dos peixes. E o acúmulo de chumbo nos músculos, rins e fígado se dá mais facilmente do que o restante dos metais (VINODHINI; NARAYANAN, 2008). Porém, o maior acúmulo de chumbo se dá na nas brânquias (AHERN; MORRIS,