Pedagogia Surda
Os Estudos Surdos, que defendem uma Pedagogia Surda, se constituem enquanto um programa de pesquisa em educação, onde as identidades, as línguas, os projetos educacionais, a história, a arte, as comunidades e as culturas surdas, são focalizados e entendidos a partir da diferença, a partir do seu reconhecimento político. Nessa perspectiva, o surdo é reconhecido como um sujeito completo e não como um sujeito deficiente, a quem falta algo. Ainda que não seja desconsiderada a ausência ou deficiência do sentido da audição, a Pedagogia Surda não valoriza aquilo que falta, mas a cultura visual dos surdos em suas práticas. (SKLIAR,1999) A pedagogia surda aborda que a criança surda deve ser educada na diferença, vivenciando e aprendendo a cultura surda, a sua identidade, a sua língua, a sua história. É uma modalidade querida e sonhada pelo povo surdo, visto que a luta atual dos surdos é pela constituição da subjetividade ao jeito surdo de ser. O surdo não é mais visto como deficiente, e sim como diferente, portador de outra cultura. (HALL, 1997) Saindo das modalidades tradicionais de educação de surdos que trabalham com a ‘normalidade’ ou ‘métodos clínicos’ ou que usam outros ‘métodos de regulamentação’, entramos na modalidade da diferença. Entramos em momentos que primam pela defesa cultural: a educação na diferença na mediação intercultural. A educação que os surdos querem tem fundamentos numa série de pressupostos culturais entre eles deve estar inserida na identidade, alteridade, cultura e diferença surda. Outro ponto importante em que a educação de surdos pode fundamentar-se hoje está no procedimento intercultural que trabalha com as identidades surdas constituídas.
A Pedagogia Surda surge com a finalidade de mostrar um novo caminho para a educação do surdo, pois ela é uma metodologia que atende de uma forma satisfatória as especificidades do surdo, de forma a considerar todos os aspectos culturais deste sujeito. Na metodologia da