Projetos Integradores
ESPAÇOS, PRATICA E POLITICAS DENTRO E FORA...
Marianne Rossi Stumpf
Professora da UFSC
FENEIS
Perlin sustenta que: “para os surdos brasileiros é o momento de resvalar pela pedagogia dos surdos e entrar em um terreno de construção de forma despreocupada...
O
(sujeito)
da
pedagogia
dos
surdos
é
o
sujeito
outro
naturalmente
educável,naturalmente com capacidade virtual própria para sua educação que requer ser diferente das outras pedagogias”. (2006, pág. 80).
Para além da crítica, Perlin sugere que devemos propor a construção de alternativas pedagógicas que se constituam em abordagens apropriadas a este espaço educacional, uma vez que o mesmo tende a diferença cultural.
Ao mesmo tempo em que apenas foi reconhecido o direito do surdo a sua própria língua surge à equação, talvez impossível de resolver. Como ele será sujeito, em um ambiente inclusivo de maioria ouvinte, usuária de uma língua oral?
Historicamente, os surdos quando indagados sobre sua escola e seu posicionamento pessoal diante da vida respondiam – “Eu surdo”. Com essa afirmação colocavam-se como impotentes para escolher e também para se responsabilizar por qualquer coisa que acontecesse com eles próprios. Viviam na dependência do ouvinte, fosse ele sua família, sua professora, seu patrão ou seu líder religioso. Na família, na escola, no mundo suas vidas eram decididas por outros, sua comunicação natural apenas possível de ser exercida, quando tinham a sorte de conhecer outro surdo ou, nos centros maiores, em suas Sociedades.
A partir das mobilizações dos movimentos surdos e da promulgação das leis de acessibilidade e da Libras muitas posturas vão se modificando.
Hoje, 44 paises reconhecem oficialmente as línguas de sinais e os direitos lingüísticos dos surdos. No Brasil e nesses paises, as novas gerações pertencentes às comunidades surdas não dizem mais “Eu surdo” - Ser passivo - que não pensa nem