Pedagogia hospitalar

1672 palavras 7 páginas
FIM DA INFÂNCIA
A sociedade assiste, atônita, a uma surpreendente patologia comportamental: o desaparecimento da infância e a supressão forçada da inocência. O fenômeno, estimulado por certos programas da televisão aberta, é preocupante.
A infância, infelizmente, está desaparecendo como fase natural da vida humana. Já não vemos crianças entretidas em brincadeiras que faziam parte da paisagem urbana das nossas cidades. A imagem, tão própria dessa fase da vida, foi sendo substituída pela cena de meninas de 4 anos dançando com gingados "eróticos" sobre o gargalo de uma garrafa.
Desenhos animados, marca de um passado não tão distante, foram sendo substituídos pelo requebro das popozudas, guindadas à condição de ídolos e tiazinhas das crianças e adolescentes. Com o apoio das próprias mães, entusiasmadas com a perspectiva de um bom cachê, inúmeras crianças estão sendo prematuramente condenadas a uma vida "adulta" e sórdida. Privadas da infância, elas estão se comportando, vestindo, consumindo e falando como adultos. A inocência infantil está sendo impiedosamente banida pela indústria do entretenimento.
Inúmeras causas têm sido levantadas para explicar o preocupante desaparecimento da natural fronteira entre a infância e a vida adulta. É difícil acreditar que apenas diferenças sociais, níveis de renda ou quaisquer explicações socioeconômicas sejam suficientes para entender essa deformação social. Na verdade, a formação por etapas, que só se adquire na família, nos livros e nas escolas, foi substituída pelo "aprendizado" instantâneo e moralmente insensível da televisão.
Atualmente, não obstante as queixas de inúmeros telespectadores, em qualquer horário as crianças têm acesso aos piores quadros de violência e degradação.
Hoje, graças ao impacto da TV, qualquer criança sabe mais sobre sexo, violência e aberrações do que qualquer adulto de um passado não tão remoto.
Não é preciso ser psicólogo para que se possa prever as distorções afetivas, psíquicas e emocionais

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