RESENHA – PEDAGOGIA DO OPRIMIDO O livro “Pedagogia do Oprimido” foi escrito por Paulo Freire, educador e filósofo, quando estava exilado no Chile, no ano de 1968. Em seu livro Paulo Freire critica o sistema educacional tradicional, definido por ele como educação bancária, na qual o educador, denominado como educador bancário, tenta depositar no educando conteúdos, os quais, geralmente, não se relacionam com sua vida, diminuindo, e por vezes anulando, seu potencial criativo, sua possibilidade de criticar e pensar autêntico. Ao memorizar o conteúdo narrado, ao arquivar os depósitos, o educando não está se conhecendo e nem conhecendo o mundo que o rodeia, não está desenvolvendo sua consciência crítica. Propõe então mais que uma pedagogia, propõe um plano de autêntica libertação dos homens, sejam eles, opressores ou oprimidos. Esse novo pensar pedagógico, baseia-se em uma educação dialógica, problematizadora que leve o oprimido, neste caso, o educando a pensar, a refletir sobre sua realidade e a partir daí criar as condições para a construção da educação libertadora. Juntos – educadores e educandos – ensinam e aprendem. O diálogo se torna neste novo pensar um fator fundamental para a construção de pessoas críticas, pensantes e preparadas para mudar a sua condição de opressão. Para dar início a esta nova pedagogia, deve-se respeitar a linguagem, a cultura e a história de vida dos educandos, de forma que os conteúdos estejam relacionados com a realidade dos mesmos. Em seguida, faz-se o convite ao educando para que o mesmo saia de sua apatia, de seu conformismo, do seu estilo de vida oprimida e, é desafiado em compreender que também é capaz de produzir conhecimento. Quando uma pessoa se percebe produtora de conhecimento, consegue dar o primeiro passo para sentir-se importante e surge a necessidade de apropriar-se da leitura e da escrita e assim, inicia seu processo de libertação. Caberá o educador desenvolver uma práxis educativa (teoria/ prática) onde o