Pedagogia da autonomia- paulo freire
Disponibilidade à vida e a seus contratempos. Estar disponível é estar sensível aos chamamentos que nos chegam aos sinais mais diversos que nos apelam, ao canto do pássaro, à chuva que cai ou que se anuncia na nuvem escura, ao riso manso da inocência, à cara carrancuda da desaprovação, aos braços que se abrem melhor para acolher ou ao corpo que se fecha na recusa. É na minha disponibilidade permanente à vida a que me entrego de corpo inteiro, pensar crítico, emoção, curiosidade, desejo, que vou aprendendo a ser eu mesmo em minhas relações com o contrário de mim.
(Paulo Freire)
Um livro que me emocionou! Sem dúvida, além de ser uma “cartilha” ao professor, é um livro que nos guia a árdua tarefa da busca ao equilíbrio entre: rigorosidade metódica e autoritarismo, curiosidade ingênua e a curiosidade epistemológica, entre o transferir conhecimento e a criação de possibilidades para a produção ou a construção de conhecimentos, respeitar a leitura do mundo de cada um e manter a sua, sem se deixar levar por ou impor a sua. Um livro afetuoso, que me tocou por estar dotado de amorosidade,qualificação, interesse, empatia, amizade, amor sem e com diferenças,promoção e o desenvolvimento ético e estético obtido através do relacionamento com o educando,na prática educativa,na elevação do potencial humano, que é crítico,político,criativo e existencial. O tema central do livro: formação docente e a reflexão da prática educativo-progressiva em favor da autonomia dos alunos, Paulo Freire destaca que formar não é apenas treinar o educando no desempenho de destrezas. É muito mais do que isso. Para o autor, a idéia da ética universal da criatura humana, cabe ao educador a colocar a exigência ética do trabalho docente, da qual não se pode escapar. O ato educativo enquanto ato humano é ético.
Não podemos nos assumir como sujeitos da procura, da decisão, da ruptura, da opção, como sujeitos