Paz e guerra entre as nações
FACULDADE DE CIÊNCIAS HUMANAS E SOCIAIS
ARON, Raymond. Paz e Guerra entre as Nações. 1ªed. Brasília. Editora Universidade de Brasília, 2002.
Raymond Aron inicia seu livro com a exposição de vários acontecimentos passados que levaram ao questionamento do estado e a escrita de vários importantes livros que nos servem como guia no debate da atualidade. Ele cita a crise da cidade-estado grega, os conflitos baseados na religião que destruíram a Europa do século XVII e a revolução inglesa. Pondo fim a esta parte de volta às situações passadas, ele cita a poderosa e esmagadora presença dos Estados Unidos da América no mundo pós Segunda Guerra Mundial, que chega a ser comparada ao domínio do Império Romano, e o ainda considera como a primeira potência autenticamente mundial por estar em um período onde essa cena diplomática não tinha precedentes.
O autor, na continuidade, diz que com a vitória comum dos Estados Unidos e da União Soviética, as relações internacionais ganharam um caráter muito mais importante, tornando-se até uma disciplina universitária, devido à importância que começou a ter nesse cenário novo, totalmente mundial. Não que antes não tenham existido historiadores dedicados ao estudo das relações internacionais, mas que antes desse novo cenário que surgiu após a Segunda Guerra, este estudo se limitava à descrição destas e não a sua análise e explicação.
“Os especialistas em relações internacionais não queriam simplesmente seguir os passos dos historiadores: desejavam criar um corpo de doutrina, como todos os estudiosos: formular proposições de caráter geral.” (ARON, 2002, p. 48). Com essa citação, é possível sintetizar uma grande parte do pensamento do autor que está expresso nessa primeira parte da introdução, onde podemos perceber a diferença entre um historiador, que procura a resposta na história propriamente dita, e do internacionalista e busca o início da questão na história, mas utiliza