Resumo: aron, raymond. introdução e cap. i: estratégias e diplomacia ou a unidade da política. in: paz e guerra entre as nações. brasília: ed unb, 2002. p. 47-97.
Épocas conturbadas levam a novos pensamentos e ideias conforme mostra a história. Após a Segunda Guerra Mundial, apesar de nenhuma grande obra ter nascido, com a vitória comum das potências soviéticas e americanas e, devido à amplitude da unificação mundial da cena diplomática com os EUA vistos como primeira potência autenticamente mundial, as relações internacionais tornaram-se um relevante objeto de estudo para elaborar doutrinas, formulando proposições de caráter geral a fim de elaborar o inédito, ao invés de apenas descrever e narrar os fatos como fazem os historiadores. A teoria das relações internacionais tem os seguintes objetivos: ordenação dos dados para uma maior compreensão dos fatos; possibilita a identificação de critérios para a análise dos problemas; instrumento para compreender as regularidades e fatos irracionais. Geralmente, um especialista teórico tende a simplificar a realidade, ressaltando o racional para explicar os fatos e atos de atores internacionais No entanto, para a construção de um mapa do cenário mundial, não basta ao teórico reter apenas os elementos racionais, mas sim, todos os elementos. (p.47-49)
“O comandante-chefe é responsável, perante o povo, por seus atos, pelas vitórias e pelas derrotas. Não importam as boas intenções e o respeito às virtudes individuais quando é outra a lei da diplomacia e da estratégia.”(p.50). O esquematismo racional e as proposições sociológicas são complementares para a elaboração conceitual do universo social. (p.50) As relações internacionais são definidas como relação entre unidades políticas; elas não possuem fronteiras reais e exatas, pois estão intrinsecamente ligadas a outros fenômenos sociais. As relações interestatais com a celebração de tratados, intercâmbios econômicos regulamentados pelo Estado são exemplos indiscutíveis das