Fichamento Paz e guerra entre as nações
A guerra é um ato de violência destinado a obrigar o adversário a realizar nossa vontade, pois não há violência moral fora dos conceitos de Estado e da lei. A guerra é um ato de violência, e não há limites à manifestação desta violência. O objetivo das operações militares, de um modo abstrato, é desarmar o adversário, A guerra somente é ganha quando o adversário submete-se à nossa vontade. No mundo real, a guerra não é um ato isolado, que ocorre bruscamente, sem conexões com a vida anterior do Estado, ela não consiste numa decisão única ou em várias decisões simultâneas e não implica uma decisão completa em si mesma, a guerra é um ato político, surge de uma situação política e resulta de uma razão política. É ainda a política, isto é, a consideração global de todas as circunstâncias pelos estadistas, que decide com ou sem razão estabelecer como objetivo exclusivo a destruição das forças armadas do inimigo, sem considerar os objetivos anteriores, sem refletir sobre as conseqüências prováveis da própria vitória. Em tempo de paz, a política se utiliza de meios diplomáticos, sem excluir o recurso às armas, pelo menos a título de ameaça. Durante a guerra, a política não afasta a diplomacia, que continua a conduzir o relacionamento com os aliados e os neutros (e implicitamente, continua a agir com relação ao inimigo, ameaçando-o de destruição ou abrindo-lhe uma perspectiva de paz)
A guerra deve corresponder inteiramente às intenções políticas a política deve adaptar-se aos meios de guerra disponíveis. Podem ser considerados como aliados permanentes os Estados que não concebem a possibilidade de se encontrarem em campos opostos, mas o crescimento do poder de um aliado ocasional pode ser uma ameaça a médio ou longo prazo.
Os nacionalistas que pretendem a independência do seu país (a qual pode ou não já ter existido no passado pode ou não interessar às massas) são mais apaixonados do que os governantes do Estado colonizador