Paulo freire
Ana Maria de Araújo Freire
Foi muito satisfatório o convite para realizar uma palestra sobre Paulo Freire e dessa forma comemorar a sua (de Paulo Freire) presença.
A coincidência de ser Recife a cidade escolhida para a realização de tal evento foi muito emocionante, pois trata-se da cidade natal de Paulo Freire, além de a data escolhida coincidir com a data de seu falecimento. Mais gratificante ainda, é saber que tudo isso vem ao encontro do interesse em conhecer a vida e a obra de Paulo Freire.
Mais ou menos há um ano, Paulo Freire sentiu angina1 e foi levado para o hospital, saindo de lá depois de um dia e meio, levando consigo um diagnóstico pouco animador, pois seu caso era sério, e teria que se submeter a um tratamento depois da angeoplastia2. Paulo Freire tinha parado de fumar há dezessete anos e dizia que a “única coisa” que ele odiava era o cigarro; tinha todo o sistema circulatório comprometido, há mais de dez anos os rins funcionavam com dificuldades, pois havia tido uma isquemia3 no cérebro, felizmente não houve seqüelas. Passa mais três dias em casa e depois vai para o hospital Albert Eisten de onde não saiu com vida.4.
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Texto elaborado a partir da palestra “Vida e obra de Paulo Freire”, proferida por sua esposa, Ana Maria Araújo
Freire, no I Encontro Nacional de Educação de Jovens e Adultos – ENEJA, em 25 de abril de 1998, no Recife/PE.
1
Angina, angina pectoris ou angina do peito é uma dor localizada no centro do peito. As pessoas a descrevem como um peso, um aperto, uma queimação ou uma pressão, geralmente atrás do nosso esterno. Algumas vezes ela pode se estender para os braços, pescoço, queixo ou costas.
A dor aparece quando o suprimento de sangue para uma parte do coração é insuficiente. Por este motivo o coração não recebe oxigênio e nutrientes em quantidades necessárias.
2
Angeoplastia é uma técnica que utiliza um minúsculo balão inflado dentro da artéria obstruída com placas de