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Paulo Freire: o professor dos professores No Dia do Professor, o Sistema de Bibliotecas Vera Cruz presta uma homenagem a Paulo Freire, que dedicou toda sua vida à transformação da educação no Brasil e no mundo. Ainda considerada atual e revolucionária, sua obra é alvo de estudos e de projetos do MEC, que produziu um documentário sobre Paulo Freire que revela aos brasileiros a contemporaneidade de suas ideias. Embora tivesse se formado advogado, Paulo Freire abraçou o magistério como carreira e levou a contextualização política e o desejo de transformação social para o cenário educacional. Autonomia, diálogo e libertação eram palavras estranhas ao vocabulário de alunos e educadores do Brasil antes da difusão das ideias de Paulo Freire, ainda no início da década de 1960.

Aula em Angicos, em 1963. Trezentas pessoas foram alfabetizadas pelo método Paulo Freire em um mês. Foto: acervo fotográfico dos arquivos do Instituto Paulo Freire Em 1962, Freire teve sua primeira oportunidade para uma aplicação significante de suas teorias, quando ensinou 300 cortadores de cana a ler e a escrever em apenas 45 dias. Desde então, chamou a atenção para a importância de uma educação voltada para as classes populares. Com o Golpe de 1964, se exilou no exterior e sua obra, então, ganhou o mundo. Encarando a educação como um ato político, Paulo Freire reconhecia o saber que o aluno traz consigo antes de ser alfabetizado. Influenciado pelas ideias da Teologia da Libertação,

enxergava a educação, antes de tudo, como prática da liberdade, como um ato de amor. Pregava a leitura do mundo, partindo do contexto social dos alunos. No dia 2 de maio de 1997, o Brasil perdeu, mais do que um educador reconhecido internacionalmente, um grande cidadão. Anos depois, sua obra é recomendada pela UNESCO, sendo apontada