Paulo freire
Quando se pensa em Educação Popular, logo se recorre às ideias de Paulo Freire, pois, durante toda a sua vida dedicou-se com a questão do educar para a vida, através de uma educação preocupada com a formação do indivíduo crítico, criativo e participante na sociedade. Nestes termos, é relevante observar que o ser humano nesta educação, é um sujeito que não deve somente "estar no mundo, mas com o mundo", ou seja, fazer parte dessa imensa esfera giratória, não apenas vivendo, mas construindo sua própria identidade e intervindo no melhoramento de suas condições enquanto cidadão e buscando o direito de construir uma cidadania igualitária e justa.
A melhor forma de ensinar é defender com seriedade, apaixonadamente uma posição, estimulando e respeitando, ao mesmo tempo, o direito ao discurso contrário. Estará ensinando, assim, o dever de brigar por nossas ideais e, ao mesmo tempo, o respeito mútuo.
Paulo Freire achava que o problema central do homem não era o simples alfabetizar, mas fazer com que o homem assumisse sua dignidade enquanto homem. E, desta forma, detentor de uma cultura própria, capaz de fazer história. Ainda segundo Paulo Freire o homem que detém a crença em si mesmo é capaz de dominar os instrumentos de ação à sua disposição, incluindo a leitura.
O pensamento de Freire (1921-1997) surge como produto das condições histórico-sociais em que vivia o Brasil e o Chile na década dos 60, lugares onde realizou sua prática educativa mais relevante. A "Educação como prática da liberdade", um dos seus primeiros ensaios, não se pode compreender nem submeter à crítica sem vinculá-lo ao contexto brasileiro dos anos 1960-1964. Ainda que se deva chamar a atenção para o