patologias
Por Alan Franco / Henrique P. Ferreira
1. Introdução
Definida a necessidade de se construir uma obra de Engenharia Civil oferecendo as garantias de uma construção sólida, resistente, de custos justos e de qualidade, há de se estabelecer o tempo e o correspondente custo de garantia da continuidade de desempenho satisfatório da mesma, o que implica a adoção de um sistema de manutenção adequado. Isto é, a definição prévia, em nível de etapa de concepção, da vida útil da construção.
Sabemos da importância dos cuidados que devem ser tomados quando se trata da construção de uma estrutura, seja ela habitacional, comercial, ou familiar. Todo e qualquer tipo de obra deve receber atenção em todas as suas etapas. Isso, porém, muitas vezes não ocorre, por vários motivos que se caracterizam como vícios da construção civil.
2. Patologias geradas por vícios
No Brasil a construção civil costuma ser elaborada de maneira pragmática. Na maioria dos casos são realizadas sem preocupação com alguns fatores importantes como: elaboração de projetos, acompanhamento por Responsável Técnico ou Engenheiro, controle de qualidade da mão-de-obra e dos materiais empregados.
Salvo os casos correspondentes à ocorrência de catástrofes naturais, em que a violência das solicitações, aliada ao caráter marcadamente imprevisível das mesmas, será o fator preponderante, os problemas patológicos têm suas origens motivadas por falhas que ocorrem durante a realização de uma ou mais das atividades inerentes ao processo genérico a que se denomina de construção civil, processo este que pode ser dividido, em três etapas básicas: concepção, execução e utilização (SOUZA e RIPPER,1998, p. 22).
Em 1988, Carmona & Marega realizaram um amplo levantamento no Brasil que indicaram a incidência dos principais problemas patológicos das estruturas de concreto quanto à sua origem. Observou-se que deveria ser dada atenção para o controle de execução das obras