patologias em revestimentos ceramicos
O uso intenso do revestimento cerâmico aderido em edifícios residenciais, comerciais e industriais é uma realidade entre as maiores construtoras brasileiras. O motivo é que o material mantém o status de bom, bonito e relativamente barato. Essas vantagens explicam o grande crescimento na utilização do revestimento cerâmico, usado cada vez mais em todos os ambientesresidenciais e comerciais das construções modernas e fachadas de edifícios, além de alguns ambientes industriais. Ultimamente a ocorrência de casos de descolamentos de placas tornou-se alvo de discussões no setor.
Segundo o Comitê de Estudos de EPU (Expansão por Umidade) da Anfacer/CCB (Centro Cerâmico do Brasil), dentro do sistema de revestimento, considerado como base (chapisco, emboço, argamassa adesiva e as placas), estas últimas representam a parte que efetivamente apresenta maiores problemas de deslocamentos e/ou quedas. Em relação ao conjunto, segundo o comitê, as placas são os componentes mais estáveis e com menor número de variáveis a serem controladas. Se a placa cerâmica sofrer uma expansão por umidade (EPU) de 0,6 mm/m (limite recomendado na NBR 13818/1997), normalmente 20 a 30% dessa expansão ocorrerá na primeira semana de saída do forno. O aumento restante, se existir, ocorrerá paulatinamente ao longo de 40 meses ou mais. Em contrapartida, choques térmicos na fachada possuem a mesma ordem de grandeza da EPU teórica e ocorrem, rapidamente, dezenas de vezes em apenas um mês, contribuindo sensivelmente para a fadiga do conjunto. Além disso, a umidade que teoricamente causa a EPU provoca também a dilatação higroscópica do emboço, só que este valor está próximo de 1 mm/m e pode ser cíclico e rápido em casos de secagem/umedecimento. Inúmeros trabalhos internacionais a respeito de EPU, inclusive do CSIRO (Commonwealth Scientific and Industrial Research Organisation), um dos mais respeitados institutos de pesquisa em cerâmica no mundo, concluem claramente que