Patologia em revestimento ceramicos de fachada
RESUMO: Este trabalho apresenta uma revisão bibliográfica a respeito das patologias em revestimentos cerâmicos de fachada. Abordando os principais problemas de revestimentos apresentados nas edificações, que fazem com que o mesmo não cumpra as funções para o qual foi idealizado. São elas o de proteger contra infiltrações externas, proporcionar maior conforto térmico no interior, oferecer boa resistência a intempéries e maresia, proporcionar longa vida útil, fácil limpeza e manutenção, oferecer diferencial estético e mercadológico ao empreendimento. Abordamos aspectos técnicos e práticos da fase de projetos e da execução dos elementos que compõe o revestimento cerâmico de fachada. As patologias mais comuns serão tipificadas e conceituadas. Por fim, conclui-se que as manifestações poderiam ser evitadas se todas as fases do processo (projeto, especificação, procedimentos de aplicação, manutenção) fossem corretamente observadas, a luz da normalização existente.
PALAVRAS CHAVE: Revestimento Cerâmico, Patologia, Fachada, Descolamento, Eflorescência.
1. INTRODUÇÃO
INDÚSTRIA CERÂMICA
O uso intenso do revestimento cerâmico aderido em edifícios residenciais, comerciais e industriais é uma realidade entre as maiores construtoras brasileiras.
O motivo para tamanha utilização se dá ao fato de que o material mantém o status de bom, bonito e relativamente barato. De acordo com a Associação Nacional dos Fabricantes de Cerâmica para Revestimento (ANFACER)1, em 2007, os cinco principais produtores mundiais foram a China, com 3,5 bilhões de m², a Espanha, com 685 milhões de m², o Brasil, com 637 milhões de m², a Itália, com 563 milhões de m2 e a Índia, com 360 milhões de m².
A figura 1.1 mostra a evolução da produção brasileira e a evolução das vendas no mercado interno.
Conforme o relatório setorial do BNDES (2006/2009), a evolução do mercado interno está vinculada à consolidação do consumo de revestimentos cerâmicos em edifícios residenciais