Patologias do poder
O pesquisador Manfred Ketz de Vriez distingue nos líderes diferentes graus de narcisismo. Em casos extremos o quadro é considerado patológico.
Ketz de Vries classifica os líderes em três diferentes categorias: O reativo, o autoilusório e o construtivo.
O reativo é considerado o mais nefasto, caracterizado pela frieza e pelo desejo de dominação.
O autoilusório tem traços comuns com o reativo, porém é mais acessível. Obcecado pelas próprias necessidades, investe o tempo em análises e avaliações na tentativa de ter tudo sob controle que chega a paralisar as ações da equipe.
O construtivo pode ter bom relacionamento com seus subalternos, apesar de atos ocasionais de oportunismo e manipulação.
A disposição narcisista daqueles que ocupam cargos de liderança costuma suscitar emoções primitivas em seus seguidores. Segundo Ketz de Vriez, em razão de características pessoais, muitas vezes inconscientes, algumas pessoas tendem a idealizar aqueles que são superiores como onipotentes, como se pudessem suprir suas necessidades de reconhecimento e valorização.
Para o pesquisador Gary A. Yukl houve o ressurgimento do interesse pela teoria carismática da liderança. Já Heifltz, adverte que atribuímos carisma às pessoas com as quais nos identificamos, por acreditar que elas expressam nossas dores e prometem recompensas. Buscamos mesmo que inconscientemente alguém que cuide de nós.
A busca desse grande homem, capaz de nos livrar de sofrimentos e solucionar problemas coincide exatamente com dois momentos da história moderna nos quais o sistema de produção se modificou radicalmente: Revolução Industrial e a Revolução Atual da Informação e Comunicação.
Heifltz afirma que quando transformações vindas de fora são subestimadas ou entendidas em um só ponto de vista, o resultado é ausência de resposta adaptativa e a extinção de um grupo, sociedade ou organização.
Para que seja